Muitas das doenças que se desenvolvem com o passar dos anos podem ser evitadas ou ter seus efeitos minimizados. Nesse contexto, a velha máxima que diz que ‘prevenir é melhor que remediar’ nunca valeu tanto! Portanto, a orientação é que as pessoas comecem a se preocupar com a saúde e a qualidade do seu envelhecimento desde cedo. Recomenda-se que a pessoa procure um Médico Geriatra de confiança após os 60 anos.
O Médico Geriatra estuda as particularidades da saúde do idoso e o auxilia no envelhecimento saudável, com foco no diagnóstico precoce e na prevenção de doenças. Para isso, investiga o histórico do paciente, avalia os riscos de desenvolvimento de doenças hereditárias, dá orientações sobre atividade física, hábitos alimentares e interações medicamentosas, muito frequentes nos idosos.
Na primeira consulta com o geriatra é fundamental:
A doença ou Mal de Alzheimer é um comprometimento degenerativo que atinge o Sistema Nervoso Central e provoca a perda da memória, da capacidade de orientação no tempo e/ou no espaço e da capacidade de planejamento.
O problema tem início com alterações na memória e avança progressivamente até a dependência total do paciente. Os portadores têm dificuldade de se comunicar, de raciocinar e de aprender. O diagnóstico da doença não é fácil, por isso, a grande importância de procurar um geriatra o mais rapidamente possível para iniciar o tratamento ainda na fase inicial da doença.
O atendimento ao paciente com a Doença de Alzheimer (DA) requer atenção multi e interprofissional, com profissionais especializados em Geriatria e Gerontologia. A doença não tem cura e o tratamento tem como principal objetivo retardar a progressão dos sintomas e o avanço da doença. Além disso, é muito importante a orientação e o acompanhamento permanente de familiares e cuidadores.
A idade permanece como o fator de risco mais importante para a ocorrência de demências, em particular a doença de Alzheimer (DA). Em um estudo com base na comunidade, por exemplo, a incidência anual estimada de DA foi de 0,6 % para pessoas com idades entre 65 a 69 anos; de 1,0 % para aqueles com 70 a 74 anos; de 2,0 % para os 75 a 79 anos; de 3,3 % para os 80 a 84 anos, e de 8,4 % para os 85 anos ou mais, sendo que estudos de todo o mundo demonstram que a incidência de demência continua a aumentar com a idade após 85 anos e que a DA aumentou exponencialmente com o avanço da idade dos pacientes estudados, até seus 90 anos.
O aumento cumulativa das taxas de incidência da DA tem como resultado a prevalência da doença em torno de 50% ou mais em pacientes com mais de 90 anos de idade.
O que é Sarcopenia?
Sabemos que a sarcopenia é a perda generalizada e progressiva de massa muscular e força, além do desempenho físico idoso.
Como diagnosticar a Sarcopenia? Ela tem tratamento?
Existe uma forma simples de diagnosticar a Sarcopenia e ela começa em casa. Os principais sinais e sintomas que precisam ser observados são fraqueza muscular, fadiga/cansaço, sensação de perda de energia, perda de peso, redução da velocidade da marcha e desequilíbrio, antecedentes de quedas.
No consultório são testes da força de preensão palmar, medição da circunferência da panturrilha, testes de desempenho físico, seguidos de exames complementares como Densitometria de composição corporal (DXA), Ressonância Magnética ou Bioimpedância para confirmação diagnóstica.
O tratamento está alicerçado em uma abordagem multidisciplinar e intervenções não farmacológicas:
1. Dieta hiperproteica, considerando suplementação de Leucina e hidroximetilbutirato (HMB)
2. Suplementação de oligoelementos como Vitamina D (se níveis séricos insuficientes <20ng/mL) e ácidos graxos Ômega 3 na dose de 2-3g/dia (as duas intervenções ainda têm baixo nível de evidência científica)
3. Exercícios físicos resistidos (de força);
As quedas sao igualmente comuns entre homens e mulheres, mas elas estão mais propensas a lesões. Em 2001, a maioria das lesões não fatais em adultos com 65 anos ou mais tratadas nos Departamentos de Emergência nos Estados Unidos foram causadas por quedas.
É importante salientar que a incidência de quedas aumenta com a idade e varia de acordo com o estado de saúde e o tipo de vida do paciente. O que se sabe é que algo entre 5% e 10% das quedas de idosos resultam em fratura, traumatismo craniano ou grandes ferimentos.
Entre os idosos com idade superior a 65 anos que residem com suas famílias, a incidência de quedas por ano varia de 30% e 40%. Esse número aumenta para 80% para os idosos com 80 anos ou mais. No caso de idosos abrigados, cerca de 50% caem todos os anos.
As quedas nos idosos representaram 62% das lesões não fatais e cerca de 5% delas em idosos levam à hospitalização. Além disso, quase 60% das pessoas com histórico de uma queda no ano anterior, terá uma queda subseqüente.
Em geral, as quedas estão relacionadas ao ambiente em que o idoso vive e/ou à sua condição de saúde. Com o avançar da idade, o risco de tropeços e quedas aumenta trazendo, como consequências, contusões, torções e fraturas, que podem levar à perda da mobilidade, da independência e, até mesmo, à morte. Evitar a queda é de fundamental importância para prevenir esses problemas. Os locais identificados como de maior risco para a ocorrência de tropeços e quedas são: banheiro, quarto, cozinha, escadas e calçadas.
Fonte: Promoção do Envelhecimento Saudável, Cartilha do Profissional de Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Porto Alegre (RS), 2009 | Leia mais: http://goo.gl/Q9fnM
O chamado Testamento Vital, também conhecido como Diretiva Antecipada de Vontade, é um documento em que os pacientes declaram quais são os tratamentos médicos a que desejam ser submetidos no final de suas vidas, ou quando estiverem incapacitados de expressar livre e autonomamente suas vontades.
Ao contrário dos testamentos em geral (que são atos jurídicos destinados à produção de efeitos após a morte), o Testamento Vital é dirigido à eficácia jurídica antes da morte do interessado. A medida foi estabelecida por meio da Resolução 1.995/2012, do Conselho Federal de Medicina (CFM).
O Testamento Vital surgiu com a necessidade de se regulamentar a postura do médico e a autonomia dos pacientes portadores de doenças em estado terminal, diante da possibilidade de que sejam adotadas medidas contrárias à vontade do doente.
Assim, todas as pessoas lúcidas, absolutamente capazes e em pleno gozo de suas faculdades mentais, maiores de 18 anos ou emancipadas – com doença ativa ou não – poderão comunicar diretamente ao seu médico, registrar uma declaração em cartório ou nomear um representante legal para expressar a sua vontade e/ou desejos.
A possibilidade de elaborar esse documento é uma garantia para os pacientes de que sua vontade será sempre respeitada. Até mesmo quando, eventualmente, eles não mais puderem expressá-la.
Para saber mais, acesse:
Segundo a OMS (2017), “Cuidado Paliativo é a abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento. Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da dor, além de outros problemas de natureza física, psicológica, social e espiritual”.
5 motivos que fazem dos cuidados paliativos uma abordagem que desperta crescente interesse nas comunidades:
1. Meio de preparar-se para a autodeterminação no manejo do processo de morrer e do final da vida;
2. Abordagem para lidar de melhor forma com as perdas durante a doença e o período de luto;
3. Abordagem que visa alcançar o potencial máximo do paciente, mesmo diante da adversidade.
4. São prestados mais efetivamente por uma equipe interdisciplinar (médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, capelães e voluntários)
5. Podem complementar e ampliar os tratamentos modificadores da doença ou podem tornar-se o foco total do cuidado.
Cuidados Paliativos são indicados para:
1. Todos os pacientes (e familiares) com doença ameaçadora da continuidade da vida;
2. Por qualquer diagnóstico;
3. Com qualquer prognóstico;
4. Seja qual for a idade;
5. A qualquer momento da doença em que eles tenham expectativas ou necessidades não atendidas.
“O sofrimento só é intolerável quando ninguém cuida.” Cicely Saunders;
cuidados com a pessoa idosa podem exigir conhecimentos e habilidades especiais. Converse com seu Geriatra . Disponibilizamos aqui um manual que trata dos temas mais diversos que envolvem esta grande missão. Boa leitura e conte sempre conosco!
Aqui vocë pode consultar o que diz a Lei que sancionou e regulamentou o Estatuto do Idoso.
Compreender um pouco sobre os sintomas comportamentais e psicológicos do paciente com demência pode ajudar na prática do dia a dia com o idoso.
Que sintomas são esses? Eles são muito variados, podendo ser: andar sem propósito, usar roupas inapropriadas ou nudez, cuspir (inclusive nas refeições), xingar ou agredir verbal ou fisicamente, solicitar constante ajuda ou atenção, repetir frases ou perguntas, bater (inclusive em si mesmo), chutar, agarrar as pessoas, empurrar, Jogar coisas, fazer barulhos estranhos (riso estranho ou choro), gritar, morder, dar unhadas, tentar sair de onde está, cair de forma intencional, reclamar, negativismo, comer/beber substâncias inapropriadas, ferir a si ou a outros (cigarro, agua quente, etc), manusear coisas de modo inapropriado, esconder coisas, armazenar coisas, quebrar coisas ou destruir objetos, investidas sexuais verbais e/ou físicas, inquietude geral.
É importante atentar para o fato de que esses sintomas podem ser manifestações de uma Síndrome Demencial.
Estudos mostram que medidas não farmacológicas muitas vezes são suficientes ou potencializam os benefícios das medicações usadas. Muitas alternativas se descobrem ao lidar no dia a dia com o idoso.
Orientações gerais:
– Como devo me comunicar com alguém que sofre com Demência?
É essencial saber que apesar de ser complexo o cuidar de uma pessoa com demência, sempre há algo a fazer para tentarmos melhorar a qualidade de vida do paciente e de sua família. Conte com o apoio da equipe multidisciplinar (médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, enfermeiro, fonoaudiólogo)
Ao contrário do que muita gente pensa, disfunção sexual não faz parte do envelhecimento normal. A manutenção da prática sexual depende de vários fatores como: nível de saúde física e mental, medicações em uso, grau de interesse prévio, doenças crônicas não controladas com diabetes, pressão alta e colesterol alto; abuso de álcool, etc.
Sintomas psicológicos, como depressão, ansiedade, irritabilidade, distúrbios do sono podem estar diretamente relacionados com dificuldades na relação sexual.
Estudos mostram que idosos tendem a apresentar alterações da atividade sexual, mas mantém interesse e capacidade de ter prazer.
Vida sexual ativa no idoso: pelo menos 1 relação sexual por mês.
ALTERAÇÕES SEXUAIS NORMAIS DO ENVELHECIMENTO
A principal alteração está associada ao maior tempo necessário para a excitação sexual (ereção em homens e lubrificação vaginal em mulher) e para que ocorra o orgasmo.
NO HOMEM |
NA MULHER |
Retardo da ereção / flacidez peniana aumentada | Estreitamento, atrofia e a secura vaginais |
Orgasmo de menor duração | Redução da acidez vaginal aumentando o risco de infecções vaginais |
Força e o volume da ejaculação diminuídos | Diminuição da sensibilidade do mamilo, clitóris e vulva |
“Quem compreende melhor, se adapta melhor”
“ O impacto das mudanças é muito variável”
VALE A PENA REFLETIR!
Saber Viver É a Perfeita Arte
O IGGPE preparou uma cartilha especial para você, Idoso ou Cuidador de idosos, com o objetivo de oferecer maiores informações sobre os cuidados com o idoso.